‘Fazenda e Planejamento’ revê despesas, incentiva setores econômicos e inicia desestatizações no 1º trimestre do ano

Compartilhar este artigo

Fonte da Imagem: Sefaz SP

No balanço das atividades do primeiro trimestre de 2019, a Secretaria da Fazenda e Planejamento se dedicou a revisar os números do Estado de São Paulo. Seja no campo dos impostos, como o ICMS – com impacto direto em todos os setores econômicos –, por meio de incentivos ao mercado paulista e a preservação e geração de empregos; tratativas para a privatização da Sabesp e parcerias público-privadas para presídios; quanto no quesito orçamentário, revendo as despesas com custeio para minimizar o déficit e possibilitar investimentos para o Estado.

“O resultado de tudo isso é a geração de empregos, é atividade econômica, e isto é que é o fundamental” destaca Henrique Meirelles,  secretário da Fazenda e Planejamento. “Não só na indústria automotiva mas na indústria naval, no turismo, na atividade econômica e todo o grupo, um número maior de escala, um maior número de pessoas vindo a São Paulo para negócios e turismo, além dos incentivos e da racionalização tributária para os setores. Tudo isso é uma grande conquista”.

O secretário e sua equipe técnica analisaram os balanços orçamentários do Estado e detectaram que as receitas incertas e superestimadas pela administração anterior causariam um déficit orçamentário de R$ 10,5 bilhões em 2019. Dando sequência ao contingenciamento de R$ 5,7 bilhões anunciado em meados de janeiro, foram tomadas três medidas para minimizar o déficit e possibilitar investimentos da ordem de R$ 4 bilhões: a securitização de royalties do petróleo; operações do Fundo Imobiliário e concessões de rodovias estaduais. Segundo o Secretário de Fazenda e Planejamento, o Governo trabalha para viabilizar receitas equivalentes a R$ 4,76 bilhões para serem recebidas ou geradas até o fim do ano e cumprir o que está no Orçamento de 2019.
Em conjunto a Secretaria de Governo – por meio do Conselho Gestor de PPPs e Concessões – foram elencados 22 projetos prioritários neste primeiro momento. São projetos e PPPs na área de estradas, aeroportos regionais, metrô, parques, presídios e saúde. O governo trabalha também avaliando os contratos vigentes e seus vencimentos para estabelecer cronogramas de novas concessões. Também está em discussão o envio do Projeto de Lei para autorizar a extinção ou fusão de seis empresas estatais: Dersa, Codasp, Emplasa, Prodesp, Imesp e CPOS. Paralelamente, o governo faz levantamento do quadro dessas empresas para fechar a proposta final de enxugamento.
A privatização ou capitalização da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) também está no radar desta gestão. Enquanto aguarda o desfecho da tramitação da Medida Provisória 868 em âmbito Federal, que trata do marco regulatório do setor de saneamento, a Secretaria estuda a capitalização e criação de uma holding para administrar a Sabesp. Ambas as medidas trarão recursos para os cofres do Estado, permitindo com que sejam feitos investimentos nas áreas mais sensíveis da administração pública, como saúde, educação e segurança. E também permitirá que a empresa tenha maior protagonismo com investimentos que a gestão privada fará para ampliação dos seus negócios.
Com o anúncio dos programas IncentivAuto e Pró-Ferramentaria, o setor automotivo passa a ter importante incentivo para fabricantes do Estado. O IncentivAuto, além de  reduzir ICMS para novos investimentos acima de R$ 1 bilhão para modernizar a indústria automobilística no Estado, preservou empregos e impediu que a General Motors fechasse suas fábricas no Estado e deixasse o Brasil. Já para os fabricantes paulistas de peças automotivas, o Pró-Ferramentaria vai viabilizar a utilização dos créditos acumulados de ICMS.
A Secretaria da Fazenda e Planejamento também firmou em janeiro convênio com duas operadoras financeiras que permite contribuinte realizar o parcelamento do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) por meio do cartão de crédito. A medida facilita o pagamento, alivia o bolso do contribuinte e cria um ambiente seguro para o motorista, que tem a garantia de que o tributo foi repassado ao Estado.
Já para os produtores e distribuidores rurais, a isenção de ICMS dos produtos hortifrutigranjeiros estendeu o benefício às frutas e hortaliças que estejam embaladas ou resfriadas, mesmo que tenham sido cortadas ou descascadas e significou uma desburocratização do Estado e fomento à atividade econômica. Da mesma forma, a mediação do Governo entre a indústria paulista e a Comgás foi determinante para a redução da alíquota de reajuste do gás industrial, permitindo o reajuste médio no preço do gás industrial de 37% para 23% a partir de 1º de março.
A indústria naval também foi atendida por meio de medida que igualou os incentivos já concedidos em outros estados, dispensando do pagamento do ICMS a aquisição de insumos, materiais e equipamentos destinados à construção, conservação, modernização e reparo de embarcações. A expectativa é que, com maior competitividade, os navios possam ser construídos por estaleiros instalados no município do Guarujá, o que deve significar a geração de 2 mil empregos diretos e indiretos para a Baixada Santista.
No setor aéreo, a criação de 490 decolagens semanais em 70 novos voos, aumentando a oferta de destinos em todo o país motivou o Governo de São Paulo a rever a alíquota do ICMS que incide sobre o combustível de aviação, permitindo assim redução no custo operacional das empresas aéreas, que só tem a beneficiar a população, não só paulista, como de todo o país.

Conteúdo relacionado

STF analisa se multa de 150% aplicada pela Receita é confiscatória

Nesta quinta-feira, 5, STF começou a analisar se multa fiscal de 150% aplicada pela Receita Federal por sonegação, fraude ou…

Leia mais

Percentual de repasse do Reintegra a exportadores é justo? STF analisa

Nesta quinta-feira, 5, STF começou a julgar, em sessão plenária, duas ações que questionam o percentual de ressarcimento destinado aos…

Leia mais

Sociedade mista que presta serviço público essencial não pode ter bens penhorados

Sociedades de economia mista que prestam serviço público essencial se encaixam na hipótese de impenhorabilidade de bens, no entendimento do…

Leia mais
Podemos ajudar?